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Rev. bras. med. fam. comunidade ; 18(45): 3817, 20230212.
Article in English, Portuguese | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-1511522

ABSTRACT

Introdução: A prevalência de transtornos depressivos na população em geral é significativa, e a Atenção Primária à Saúde (APS) desempenha um papel crucial na abordagem dessas questões. A implementação de instrumentos de rastreamento e diagnóstico desses transtornos na APS é uma das estratégias propostas para aprimorar a qualidade do atendimento. No entanto, há uma lacuna de conhecimento em relação à eficácia dessas abordagens. Objetivo: Identificar os instrumentos de rastreamento e entrevistas diagnósticas mais empregados em pesquisas envolvendo pacientes que procuram assistência em serviços de APS devido a sintomas depressivos. Métodos: Este estudo constitui uma revisão integrativa da literatura, que abordou as bases de dados LILACS e MEDLINE no período compreendido entre outubro e dezembro de 2020. A seleção dos artigos incorporou pesquisas realizadas na APS, as quais empregaram um ou mais instrumentos para rastreamento e/ou diagnóstico de transtornos depressivos. A análise dos títulos, resumos e textos completos foi realizada por pelo menos dois pesquisadores, que extraíram os dados por meio de uma planilha padronizada. Os resultados são apresentados de forma descritiva e narrativa. Resultados: Após a aplicação dos critérios de elegibilidade, foram selecionados 413 artigos. Foram identificados 22 instrumentos empregados no rastreamento e diagnóstico da depressão em estudos realizados na APS. O instrumento de rastreamento mais mencionado é o Patient Health Questionnaire e a entrevista diagnóstica mais utilizada foi a Mini International Neuropsychiatric Interview. Predominam os estudos publicados após 2011, realizados na Europa, com população adulta não idosa, visando identificar a prevalência de depressão em diferentes grupos sociais. A maioria dos estudos utilizou instrumentos longos, com critérios analíticos complexos, sem validação e/ou adaptação para a APS, além de apresentarem restrições quanto aos problemas de saúde analisados, tornando-os limitados para uso geral na APS. Conclusões: O emprego de instrumentos de rastreamento e diagnóstico para depressão na APS pode representar uma estratégia relevante para aprimorar os cuidados oferecidos a essa população. Contudo, é crucial conduzir pesquisas adicionais a fim de analisar tanto os benefícios quanto as potenciais desvantagens dessa abordagem. Além disso, é imperativo um esforço mais substancial na seleção criteriosa dos instrumentos mais adequados para aplicação.


Introduction: The prevalence of depressive disorders in the general population is high, and primary health care (PHC) is essential in dealing with these issues. The introduction of screening and diagnostic tools for these disorders in PHC is one of the suggested strategies to enhance the quality of care. Nevertheless, there is limited understanding regarding their effectiveness. Objective: To identify the screening instruments and diagnostic interviews that have been widely used in studies involving users with depressive symptoms seeking help at PHC. Methods: This was an integrative literature review. For the period from October to December 2020, searches were conducted in the LILACS and MEDLINE databases. Research articles carried out in PHC that utilized one or more screening and/or diagnostic instruments for depressive disorders were included. At least two researchers analyzed titles, abstracts, and full texts, extracting data using a standardized spreadsheet. The results were presented in a descriptive and narrative manner. Results: After using eligibility criteria, 413 articles were selected. There were 22 screening instruments used for screening and diagnosis of depression in studies carried out in PHC. The most cited screening instrument was the Patient Health Questionnaire, and the most used diagnostic interview was the Mini International Neuropsychiatric Interview. Studies published after 2011, carried out in Europe, with a non-elderly adult population and with the purpose of identifying the prevalence of depression in different social groups predominated. Most studies used long instruments, with complex analytical criteria, without validation/adaptation for PHC, and with restrictions on the analyzed health problems, making them limited for general use in PHC. Conclusions: The use of screening and diagnostic instruments for depression in PHC can be a relevant strategy to improve the care provided to this population. Nevertheless, additional research is required to analyze the benefits and harms of this approach, as well as a greater effort to select the best instruments to be used.


Introducción: La prevalencia de los trastornos depresivos en la población general es alta y la Atención Primaria de Salud (APS) ocupa una posición central en el abordaje de estos problemas. La introducción de instrumentos para el rastreo y diagnóstico de estos trastornos en la APS es una de las estrategias sugeridas para mejorar la calidad de la atención pero poco se sabe sobre su eficacia. Objetivo: Identificar los instrumentos de rastreo y entrevistas diagnósticas que más han sido utilizados en estudios con usuarios que buscan atención en los servicios de APS con síntomas depresivos. Métodos: Esta es una revisión integradora de la literatura, se realizaron búsquedas en las bases de datos LILACS y MEDLINE de octubre a diciembre de 2020. Se incluyeron artículos de investigación realizados en la APS y que utilizaron uno o más instrumentos para el rastreo y/o diagnóstico de los trastornos depresivos. Al menos dos investigadores analizaron títulos, resúmenes y textos completos, extrayendo datos mediante una hoja de cálculo estandarizada. Los resultados se presentan de forma descriptiva y narrativa. Resultados: Después de aplicar los criterios de elegibilidad, se seleccionaron 413 artículos, fueron descritos 22 instrumentos utilizados en el rastreo y diagnóstico de la depresión en estudios realizados en APS. El instrumento de rastreo más utilizado fue el Cuestionario de Salud del Paciente y la entrevista diagnóstica más utilizada fue la Mini Entrevista Neuropsiquiátrica Internacional. Predominan los estudios publicados después de 2011, realizados en Europa, con población adulta no anciana con el propósito de identificar la prevalencia de depresión en diferentes grupos sociales. La mayoría de los estudios utilizaron instrumentos extensos, con criterios analíticos complejos, sin validación y/o adaptación para la APS, y con restricciones sobre los problemas de salud analizados, limitándolos para uso general en la APS. Conclusiones: El uso de instrumentos de rastreo y diagnóstico de depresión en la APS puede ser una estrategia relevante para mejorar la atención brindada a esta población. Sin embargo, se necesitan más estudios para analizar los beneficios y dificultades de esta estrategia, así como un mayor esfuerzo para seleccionar los mejores instrumentos a utilizar.


Subject(s)
Humans , Primary Health Care , Depression , Mass Screening , Patient Health Questionnaire , Mental Disorders
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